Assinala-se esta terça-feira [25.11.2025] o Dia Internacional para a Eliminação da Violência contra as Mulheres, efeméride que serve para denunciar a violência contra as mulheres no mundo todo e exigir políticas em todos os países para sua erradicação. Institucionalizada pela Assembleia Geral das Nações Unidas, através da Resolução 54/134, trata-se de uma iniciativa do Movimento Feminista Latinoamericano desencadeada em 1981 para marcar a data em que foram assassinadas as irmãs Mirabal, na República Dominicana. A violência de género tornou-se um problema estrutural que afecta as mulheres e aumenta a subordinação ao género masculino, acentua a desigualdade no relaciomento entre homens e mulheres em diferentes âmbitos, e a discriminação persistente contra as mulheres. Angola tem contribuido para a luta contra a violência às mulheres através da sua participação em fóruns internacionais, como na ONU, onde partilha experiências e compromissos na criação de políticas de proteção e empoderamento. O país tem implementado medidas internas, como a criação de centros de apoio às vítimas, uma linha SOS anónima e secções judiciárias especializadas, para combater a violência doméstica. O empenho angolano também se reflete no aumento da participação feminina em cargos de liderança. Trata-se de um problema social presente tanto no âmbito doméstico quanto no público em diferentes vertentes: física, sexual, psicológica, econômica, cultural, e afectam as mulheres desde o nascimento até a idade avançada. Não está confinada a uma cultura, região ou país específico, nem a grupos particulares de mulheres na sociedade. A forma mais comum de violência experimentada por mulheres a nível mundial é a violência física infringida por um casal íntimo, incluindo mulheres golpeadas, obrigadas a ter relações sexuais ou abusadas de alguma outra maneira. Entre as formas quotidianas de violência contra as mulheres segundo a Organização das Nações Unidas encontra-se também o tráfico de mulheres, a mutilação genital feminina, o assassinato por causa de dote, o "homicídio por honra", e a violência sexual nos conflitos armados.
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Dia Internacional para a Eliminação da Violência contra as Mulheres